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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Médico de Família e Comunidade

A Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade médica, reconhecida pelos orgãos oficiais, que visa a saúde de uma população específica (de uma determinada área) de forma que atenda sempre as mesmas pessoas para o melhor entendimento da situação de cada pessoa dentro de sua família. O Médico de Família e Comunidade conhece o individualismo de quem ele atende e o contexto que ele vive. Assim, o atendimento não é restrito ao consultório e a ação é mais ampla em todos os aspectos.

Esse profissional é aquele médico de antigamente que conhece a família de quem ele atende integralmente. Assim esse profissional evita que o atendimento seja rápido e sem vínculo. Essa é a razão pela qual as consultas são mais demoradas. Esse médico quer que o paciente entenda como ter uma qualidade de vida melhor para evitar doenças ou complicações das enfermidades. Desta forma, a pessoa que ele atende é menos internado e adoece com menor freqüência. Enfim, tudo isso faz com que haja menor sofrimento e mais felicidade para sua população.


Para refletir:
"Não se faz saúde só com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e sociólogos sanitaristas.
Não se faz saúde só com farmacêuticos e psicólogos.
Não se faz saúde só com nutricionistas e fonoaudiólogos.
Não se faz saúde só com auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde

A saúde se faz nos gestos, nos olhares, na felicidade e na promoção da autonomia.
Faz-se no cuidado do outro e de si.
Faz-se com a construção de novas mitologias do cuidado, que devem ocupar o lugar de antigas verdades, rígidas, e que não conseguem mais dar conta de toda a complexidade da vida e das dinâmicas sociais.Precisamos urgentemente resgatar a dimensão do sonho, da transgressão, da capacidade de ousar ir além dos cânones, de ampliá-los, de ultrapassá-los.
E este sonho há que ser coletivo, múltiplo e plural. Há que ser lúdico, como lúdico e cidadão deve ser o fazer em saúde que se quer construir.
Afinal, esta saúde de que se fala não cabe mais em palavras que não sejam poemas, e nem em gestos que não sejam dança".
Adaptação de Dra. Andréia de Andrade, baseada na obra de Buchabqui, Cappi e Petuco (2006)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Jornada Intinerante da AMFaC-RJ na Região Serrana

A Associação de Medicina de Família e Comunidade do Estado do Rio de Janeiro (AMFaC-RJ) representa os Médicos de Família e Comunidade de todo o Rio de Janeiro, apesar desse profissional atuar em vários lugares, ele é mais conhecido no Brasil dentro da Estratégia de Saúde da Família (ESF) que também é mais chamado de Programa de Saúde da Família (PSF). Para ficar mais próxima dos diversos municípios, nesse ano a AMFaC-RJ está promovendo ornadas Intinerantes em várias áreas, onde são discutidos temas pertinentes a Saúde da Família e conta com a presença de estudantes da graduação, residentes em Saúde da Família e profissionais envolvidos com a Saúde da Família, nõ estando restrita aos médicos.



Nesse contexto, ocorreu no início do mês de outubro, na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FASE), a Jornada Intinerante da AMFaC-RJ na Região Serrana, que reuniu vários representantes dessa área do Rio de Janeiro, contando com a presença de Dr. Oscarino Barreto, Dr. Daniel e diversos membros da FASE.

O tema desse encontro foi Ensino e serviço na Saúde da Família. As discussões propostas por Isabela de Petrópolis e por Dr. Daniel (Residente da UERJ em SF - R2) abordaram várias situações que verificamos também em Teresópolis em relação a inserção dos estudantes, o que contribuiu intensamente para quem vive essa questão. Precisamos de profissionais com perfil e capacitados para trabalhar com o modelo da SF, porém temos ainda poucos profissioniais adequados para uma atuação de qualidade na SF, assim precisamos ter uma nova abordagem pedagógica dos graduandos de forma que sejam formados profissionais adequados a realidade atual da Saúde. A inserção precoce é essencial. No entanto, como fazer a inserção desses estudantes?! Como inserir esses estudantes, que são passageiros do serviço, sem a redução do vínculo dos profissionais que os recebe? Qual o papel do preceptor? E o custo que esse preceptor representa? Como fazer a integração com o serviço e os usuários? Quais as dificuldades desse processo? Qual a forma de vencer as resistências? São muitas as perguntas que foram discutidas e devemos sempre reavaliar as problematizações.

Fator essencial para o funcionamento da SF é a equipe: "Se a sintonia for boa a obra de arte é muito boa". Assim, a equipe deve estar unida pela causa e tentar fazer o estudante entender que enquanto ele está no serviço, ele faz parte da equipe e deve assumir a responsabilidade do trabalho feito pela equipe em que está inserido. Ele deve estabelecer contato baseado na seriedade com a equipe, a comunidade e os serviços sociais da área para conversar sobre tudo, (Questões ambientais, principais problemas de saúde, o que cada um deseja...) que envolve a região específica.

Os profissionais das diversas aréas que atuam na SF devem aprender a deixar as contrariedades passadas de lado e pensar numa relação horizontalizada. Todos os profissioniais da equipe, inclusive os estudantes inseridos, são importantes para um trabalho de excelência!!!

Não podemos deixar de comentar os relatos emocionates de Cândido. Como ele disse, "A emoção é muito importante" para esse trabalho. Ele também citou a frase de Mao Tse-tung: "A sociedade tinha que chorar mais para ser feliz". Sem dúvida, temos muito a que aprender.

O processo de mudança é complexo, porém é possível se unirmos forças. Temos o exemplo da Espanha onde os estudantes com melhores avaliações fazem a Residência em Medicina de Família e Comunidade. E essa Residência Médica dura 4 anos. Sei que estamos falando da Europa, porém não podemos acreditar que é impossível. Se começarmos a pensar que não dará certo já perdemos a luta.

O brasileiro diz que aqui nada dá certo, porém é essa atitude passiva e pessimista que não leva ao nosso progresso. "Se temos alguém para pensar por nós, para que vamos pensar." Desta forma devemos, pensar e refletir sobre tudo e principalmente sbre as nossas ações.

A ESF tem extrema importancia política, pois diminui os elevados custos dos usuários com enfermidades caras para o sistema, reduzindo o número de hospitalizações e gastos com esses serviços. E A SF deixa a população mais sastisfeita, quando o trabalho é feito da forma mais adequada possível. E tudo isso tem extrema imortância política e econômica para o país.